COVID-19: EM QUE SÉCULO ESTAMOS?
No início os desastres eram percebidos como “castigos” de Deuses. Isso até 1755, em Lisboa, quando um terremoto seguido de tsunamis causou inúmeros incêndios. É importante registrar que os filósofos foram importantes para elucidar que se tratavam de acontecimentos físicos, e não divinos. A partir de então as ações e decisões humanas e governamentais começaram a ser debatidas, numa relação de causa e consequência. O objetivo é tentar controlar os riscos, a fim de evitar danos futuros (desastres, acidentes, doenças, etc.) e, com muito maior razão, diminuir sua dimensão. A dor e sofrimento aparecem como elementos que motivaram e justificaram essa mudança de paradigma, com a valorização do conteúdo dos direitos humanos. Além disso, temos os reflexos econômicos – é óbvio. Quando o assunto é coronavírus, por exemplo, vemos pessoas que ainda apostam numa tese finalista, algo como “todos vão morrer do mesmo”, ou seja, como consequência da própria existência, como se a vida das pess...